Anuncia-se, agora, que a Tijuca será alvo de um choque de ordem ininterrupto. De repente, os governantes descobriram que não se pode conviver, com um mínimo de dignidade, com a ocupação irregular de calçadas por carros, camelôs, barraquinhas de convites a doenças intestinais, mendigos e meninos cheirando cola; assaltantes travestidos de guardadores de carro; e achaques em sinais luminosos.
Presume-se, então, que o bairro vai ingressar em novos tempos, resgatando a paz perdida há um bom par de décadas. Isso, no entanto, é a exceção em uma cidade movida a faz-de-conta. Madureira e Campo Grande, para dar apenas dois exemplos suburbanos, mal sobrevivem ao caos que tomou conta de suas ruas. No Centro, é impossível circular sem riscos depois das seis da tarde. A Cinelândia transformou-se num escândalo a céu aberto.
Na orla, tão decantada, impera o desrespeito. São barraqueiros, vendedores ilegais, cães, motos e bicicletas disputando o mesmo espaço. Legiões de deserdados ocupam portas de bancos e a sombra de marquises.
E, em toda a parte, inimputáveis como deputados mensaleiros do PT, os abomináveis flanelinhas, atacando em matilhas, ameaçando, extorquindo. Tudo isso está por aí, a todo momento, aguardando por um choque de vergonha na cara nos gabinetes municipais e estaduais.
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