segunda-feira, 25 de abril de 2011

O preço da gastança

     "Nós temos muita preocupação com a inflação. Não haverá, em hipótese alguma, desmobilização do governo diante da inflação", disse. "Todas as nossas atenções estarão voltadas para o combate acirrado à inflação", garantiu.

     As três frases, reproduzidas pelo Estadão, são da presidente Dilma Roussef. Têm o mesmo teor e, no fundo não expressaram absolutamente nada, como quase tudo o que ela diz publicamente. Todos, no mundo inteiro, são contra a inflação, preocupam-se com  ela. Muitos, infelizmente, não seguem a cartilha ideal para combater esse fantasma que normalmente coloca em em risco a estabilidade das nações e, por tabela, dos próprios governos.
     A inflação não é, apenas, o resultado de um ou outro fator, isolado. É a consequência de um  soma de atos, de políticas públicas, de sinais enviados claramente à sociedade. Tudo o que o governo anterior não fez especialmente no ano passado, quando se lançou obstinadamente na campanha pela eleição da atual presidente.
     A farra da gastança interna, em vez de ser contida, aumentou. A proposta de criar um ambiente de festa, irreal, estimulado pela expansão desenfreada do crédito, gerou uma enorme pressão em uma economia que, embora respirando sem aparelhos, ainda estava sendo afetada pela crise que domina o mundo.
     O Governo, ao mesmo tempo, ampliou seus gastos, sem lastro. As reformas não saíram do papel. Está armado o palco para um espetáculo que já conhecemos e que não gostaríamos de ver reapresentado no país.
     É bom, mesmo, que a presidente Dilma Roussef esteja atenta aos sinais que já estão chegando, mais claros a cada dia.

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