sexta-feira, 22 de abril de 2011

Vândalos uniformizados

     A estupidez de um grupo de torcedores do Botafogo não tem desculpas. Com a arrogância dos que se sabem acima das leis, algo em torno de 15 vândalos (segundo o jornal O Globo) cercaram, ameaçaram e chegaram a agredir jogadores do clube, na chegada ao Rio, depois da eliminação na Copa do Brasil.
     A reação dos policiais e dos seguranças particulares do clube foi absolutamente tímida. Ao que parece, ninguém - em especial as pessoas ligadas ao clube - tem coragem de enfrentar esses marginais, que se acham no direito de - em nome de uma paixão - atropelar os limites da razão.
     Infelizmente, essa atitude não é um fato isolado. Recentemente, em São Paulo, assistimos a atos de vandalismo de torcedores corintianos, responsáveis, em última instância, pela antecipação do fim da carreira de Ronaldo. Aqui no Rio, a esfuziante torcida tricolor já foi a responsável pela quebra de muitos vitrais das sede de Laranjeiras.
     Vascaínos, há pouco tempo, exibiram seu potencial de irracionalidade, chegando a destruir carros de jogadores. Na Gávea, ainda não cicatrizaram as feridas deixadas por desajustados que provocaram um enorme transtorno na chegada do time ao Rio, no Aeroporto Santos Dumont, há alguns campeonatos brasileiros.
     Por trás de todos esses incidentes, mais do que a paixão irrefletida, está a conivência absurda de dirigentes com bandos organizados, que a cada ano se sentem mais fortes, inimputáveis e decisivos no dia-a-dia, através da participação direta na política dos clubes.

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