segunda-feira, 18 de abril de 2011

Políticos e mentirosos

     O senador Aécio Neves (PSDB-MG) insiste em ofender a nossa inteligência, alegando, através da sua assessoria, que não se recusou a fazer o teste de alcoolemia, na madrugada de domingo, quando foi parado em uma blitz da Lei Seca, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Diz ele que não foi preciso fazer, já que convocou um motorista para conduzir seu carro, ao ser advertido que sua habilitação estava vencida.
     Com essa desculpa esfarrapada, desfeita pelos agentes do Departamento de Trânsito, Aécio nos permite presumir que acrescenta outro pecado - o da mentira - aos outros dois (falta de habilitação e dirigir após ter ingerido bebidas alcoólicas).
     Seria muito mais digno se assumisse a dupla falta e aceitasse o cartão amarelo. Temendo um eventual cartão vermelho, agiu como um João Paulo Cunha (PT-SP) qualquer, que inventou três ou quatro mentiras para explicar o inexplicável: o recebimento de dinheiro ilícito proveniente do esquema de mensalão desenvolvido pelo publicitário Marcos Valério e seus comparsas do primeiro Governo Lula.
     Para um candidato a candidato à presidência da República, Aécio exibiu um comportamento, no mínimo, reprovável, igualando-se a um transgressor comum. Ao insistir na mentira, perde o direito de cobrar verdades. Mentiroso de sucesso absoluto, no Brasil, só mesmo o fenomenal ex-presidente Lula, capaz de se desdizer a cada minuto, negar o que afirmara pouco antes, inventar e iludir sem dores na consciência, como um perfeito exemplar de sociopata político.

Nenhum comentário:

Postar um comentário