domingo, 10 de abril de 2011

Azares da democracia

     O povo peruano está muito perto de colocar Ollanta Humala, da coalização Gana Perú, na dianteira da corrida pela presidência do país. As primeiras pesquisas mostram que ele está na liderança e deve sair na frente no primeiro turno, que está sendo realizado hoje. Sua principal rival, ao que tudo indica, será a congressista Keiko Fujimori, filha do lamentável ex-presidente Alberto Fujimori. São os azares da democracia.
     Nacionalista - seja lá o que isso for -, Humala está para o Peru assim como Chavez está para a Venezuela. Ou seja: é um perigo. Embora tenha moderado seu discurso, para acalmar o chamado 'mercado', pelo menos não cometeu a ligeireza de negar o que sempre pregou, basicamente o fortalecimento do estado, com uma intervenção bem dura, e uma eventual mudança na Constituição.
      Parece estar seguindo os passos trilhados por seu mentor e amigo da Venezuela, que, no poder - ao qual chegou legitimamente, frise-se -, atropelou Judiciário e Legislativo, ceifou a oposição, sufucou a imprensa e se transformou num mero ditadorzinho de republiqueta. Sem esquecer de eleger um inimigo - os Estados Unidos - para chamar de seu.
     Humala, dizem as agências noticiosas, 'confrontado' pela possibilidade real de ser eleito, assumiu uma postura menos agressiva, para não assustar o eleitorado ainda indeciso.
      A América do Sul merece algo melhor. Ao menos, para se contrapor à mediocridade da argentina Cristina Kirchner e à psicopatia de Hugo Chavez.

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