quarta-feira, 20 de abril de 2011

Afinal, somos, ou não, autossuficientes?

     Para evitar surpresas, acho que é melhor admitir que o pior. O ministro da Fazendo, Guido Mantega, garantiu que não vai haver falta de gasolina nos postos de abastecimento, contrariando um executivo da Petrobras, que havia sugerido o contrário. Quando Mantega diz ou pensa alguma coisa, é possível sentir o cheiro de longe.
     Mas é até provável que não haja problemas graves no abastecimento, apesar da incompreensível e deletéria crise no fornecimento de álcool, combustível que, além de ser vendido separadamente, é misturado obrigatoriamente à gasolina (até 25%). Seria uma confissão pública da incompetência presumida.
     O desabastecimento de combustível, justamente num país que se diz autossuficiente na produção de petróleo e se apresenta ao mundo como o inventor da alternativa ao combustível fóssil, seria uma arma invejável na mão de uma oposição que tateia em busca de uma causa, qualquer uma.
     Já basta o estraga causado pelos preços abusivos cobrados pelo álcool e pela gasolina. Eles,  por si só, expõem claramente que há algo de muito ruim no ar, além dos monóxido de carbono expelido pelos canos de descarga.

Um comentário:

  1. Se o italiano diz que não vai faltar gasolina nos postos, é melhor tomar precauções, por que deve faltar, sim.
    Como você disse, quando Mantega diz ou pensa alguma coisa, é possível sentir o cheiro de longe. E não é de gasolina...

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