sexta-feira, 15 de abril de 2011

Quanto vale um anúncio da Petrobras?

     Vista aqui no alto, mais parece ... Nada disso. Assim, como se lê, é uma bela homenagem do portelense Paulinho da Viola à Mangueira. Na verdade, esse texto começa de uma forma parecida e remete, também a um ideal. Vamos a ele.
     Analisada assim de longe, a proposta que institui o financiamento público das campanhas parece ser algo saudável, igualitário. Afinal, teríamos, em tese, menos fantasias e alegorias e mais apresentação de ideias, projetos. Sintetizando, as campanhas eleitorais passariam, por limitadas financeiramente, a ter mais consistência.
     Mas como tudo é absolutamente relativo no nosso país, antevejo um elemento complicador que talvez macule o projeto: a avalanche de publicidade governamental e as inaugurações de pedras fundamentais seriam computadas na verba do candidato oficial?
     A questão se justifica. Basta lembrar a última eleição, quando o governo despejou uma fábula de recursos na promoção de um Brasil novo, de contos de fada. Um país onde a saúde era perfeita; onde não havia problemas na área de educação; com estradas perfeitas; aeroportos de primeiro mundo; portos eficientes; seguro; e imune a qualquer oscilação no mundo, ao qual dávamos aulas. E onde o petróleo que ainda vai ser encontrado jorrava abundantemente e inundava o planeta, nos anúncios ufanistas da Petrobras.
     E onde o presidente da República agia como um reles cabo eleitoral, usando tempo e projetos pagos por toda a sociedade.
     Portanto, financiamento público de campanha, só com parâmetros muito bem definidos e punições exemplares para transgressores. Chega de multas de R$ 5 mil que não pesam nos bolsos dos partidos.

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