domingo, 1 de julho de 2012

Vazamento nos tanques

     As últimas revelações sobre o estado lamentável das operações da Petrobras, a queda estratosférica no valor das ações e a inconsistência dos projetos são, apenas, a cara verdadeira das empulhações inflingidas ao país nos últimos anos dessa lamentável Era Lula. De um momento para outro, o Brasil decobriu que sua principal empresa, seu símbolo de independência, vinha sendo usada de modo vigarista para reforçar campanhas eleitorais e encher milhares de bolsos companheiros.
     A tão propalada autossuficiência na exploração de petróleo (jamais acompanhada pela necessária capacidade de refino) não passou de mais um dos muitos golpes de marketing que ajudaram a alimentar a campanha da atual presidente Dilma Rousseff e a preservar a auréola de Lula. Os últimos números - segundo nossos jornais finalmente reconhecem - apontam para uma estagnação de investimentos e projetos que com promete, de fato, a estabilidade do mercado. Uma eventual explosão de preços do barril de petróleo teria consequências desastrosas na nossa economia.
     De um fato coisa, pelo menos, a Petrobras da Era Lula não pode ser acusada: de abandono de maiores e menores parceiros, especialmente entre os fazedores de opinião, nossos artistas e intelectuais que desenvolveram uma linha bem direta com os cofres estatais. Jamais faltou dinheiro nem investimentos para a turma amiga. Assim como o bufão venezuelano Hugo Chávez usa os recursos naturais do país para comprar consciências internas e apoios externos, o governo Lula, principalmente, não se envergonhou de bombear recursos para a turma da casa.
     Esse lamentável comportamento, entretanto, não é novidade entre governos demagógicos e corruptos. Os bens públicos são usados por líderes de fancaria para dar sustentação aos seus projetos personalísticos. O estado passa a servi-los, aos seus grupos e a seus interesses quase sempre deletérios. Não à toa a Era Lula formalizou a maior ocupação de cargos da história republicana. Jamais nossas instâncias decisórias foram tão aparelhadas. Não há servidos públicos, mas militantes a serviço de uma causa.
     E essa causa passa bem longe dos verdadeiros interesses de um país que se propõe a ser digno.

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