sexta-feira, 27 de julho de 2012

Mensalão é apenas o apelido dado à roubalheira no Governo Lula

     O patético presidente do PT até que tem alguma razão quando afirma - como hoje, em vídeo especial distribuído pelo Partido - que o Mensalão nunca existiu. Pelo menos o Mensalão que interessa a ele negar. Não acredito, também, que existisse um pagamento mensal, certinho, contra recibo, à quadrilha de companheiros e assemelhados. Houve, sim - e as provas estarão cada vez mais disponíveis nos autos -, um sistemático assalto aos cofres públicos, destinado a financiar campanhas e pagar dívidas de correligionários e afins.
     'Mensalão' é apenas a expressão que foi consagrada para caracterizar a roubalheira que a turma do PT exercia - segundo denúncia da isenta e inquestionável Procuradoria Geral da República - institucionalmente, usando a estrutura comercial do publicitário Marcos Valério para 'esquentar' o dinheiro desviado do Governo, através de contratos superfaturados e/ou falsos de publicidade.
     O dinheiro roubado da população passava pelas empresas do publicitário e saía na boca dos caixas do Banco Rural e BMG. A mulher do então presidente da Câmara, o petista João Paulo Cunha, por exemplo, foi flagrada recebendo uma parte da cota do marido em 'espécie': R$ 50 mil. Como pano de fundo da pilantragem, havia um 'contrato' de empréstimo do PT. Pura vigarice. Mais recentemente, a companheirada - de acordo com investigações da Polícia Federal - evoluiu para o uso de ONGs muito amigas e parcerias com a turma das obras do PAC, como a Delta Construtora.
     Os demais partidos da 'base' também levavam o seu, proporcional ao apoio que podiam dar ao Governo. Era a mesada pela fidelidade, pelo apoio à candidatura do ainda futuro presidente Lula, pelos votos certos nas votações. Era uma espécie de pedágio pela 'afinidade ideológica' com o PT. Uma afinidade que, como constatamos recentemente, com o abraço público entre Lula e o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), mantém-se inabalável.
     Rui Falcão (esse é o nome do presidente petista) pode espernear, berrar o quanto quiser que não houve mensalão. Mas não vai conseguir convencer que não havia o roubo, mensal, ou não. E ladrão de dinheiro público tem que ir para a cadeia.

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