domingo, 15 de julho de 2012

Julgamento do Mensalão começa a gerar fatos novos

     O julgamento da quadrilha do Mensalão que assaltou os cofres públicos brasileiros, durante o primeiro Governo Lula, ainda não começou e já há fatos novos no meio caminho. Para tentar livrar seus clientes, segundo o Estadão, a defesa dos publicitários Duda Mendonça e Zilmar Fernandes - que reconhecidamente receberam dinheiro em contas no exterior, por serviços prestados à campanha de Lula - afirma que há casos semelhantes. Ou seja: muita gente também teria chafurdado no dinheiro da nação - não apenas os 38 'companheiros' e afins - e não foi indiciada.     Mais do que possível, tudo é provável nessa infeliz Era Lula que afoga o país em escândalos há nove anos e meio. A turma assaltou o poder decidida a não mais largar, e fez e faz tudo para manter-se no comando. Desde a mais vagabunda extorsão de empresários de linhas de ônibus - como acontecia em prefeituras paulistas dominadas pelo PT, no início dos aos 2000 e provocou o assassinato do prefeito Celso Daniel, de Santo André -, aos sofisticados esquemas de corrupção que desviam, de forma indireta (através de ONGs e contratos superfaturados), o dinheiro público para contas partidárias e particulares.
     O caso do empresário Duda mendonça foi emblemático e só não provocou uma catástrofe mais do que merecida porque vivemos nesse estranho momento brasileiro no qual a população parece anestesiada frente à maior onda de roubalheiras já registrada em todo a nossa história. Ao vivo e a cores - não custa lembrar -, o publicitário de Lula confessou à CPI, aos prantos, que recebeu pagamento pelos trabalhos na realizados na campanha presidencial em contas abertas no exterior: algo perto de R$ 10, 5 milhões, menos da metade dos R$ 25 milhões cobrados pelo conjunto da obra (a campanha que elegeu Lula) foram depositados pelo operador do Mensalão, o mineiro Marcos Valério, na conta da Dusseldorf Company, vinculada ao BankBoston, em Miami.
     Apesar de mais esse agravante, o ex-presidente que mentiu ao garantir que não sabia do caso e depois de disse "traído" não só conseguiu conservar o mandato, como não foi preso, reelegeu-se, conseguiu eleger sua sucessora e continua ativo na proposta de desmoralizar o país, chantageando ministros e açulando seus seguidores, como a CUT, em benefício da companheira que será julgada.
     Torçamos todos para que mais fatos possam aflorar na hora em que alguns réus começarem a se ver em uma cela pelos próximos anos.

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