sexta-feira, 6 de julho de 2012

O que pensa nossa presidente?

     Algum de vocês já viu ou leu nossa presidente dizer alguma coisa concreta - por mais sem sentido que seja, como acontece normalmente - sobre tudo o que está acontecendo nas relações entre os países sul-americanos, após a desastrada decisão de Brasil, Argentina e Uruguai de punir o Paraguai por ter destituído, legalmente, um presidente medíocre, que incentivava a luta de classes e empurrava o país para o caos institucional?
     Pois esse tipo de comportamento faz parte do manual adotado pelos expoentes petistas e afins nos últimos nove anos e meio. Se o tema é agradável, mesmo sendo mentiroso e inconsistente - como as alardeadas autossuficieência em petróleo e as reprimendas nos bancos, por causa dos juros -, Dilma Rousseff está a postos, com a falta de jeito e de palavras que marcam suas aparições públicas.
     Quando os temas são complicados, que exigem definições de caráter, ideológicas, corajosas, de fato, aparecem os marcos aurélios da vida para cumprir o papel de porta-vozes reais, bobos da corte ou algo semelhante, sempre a postos para fugir do assunto, acusar, tergiversar.
     A omissão dos nossos principais líderes face a crises, escândalos, canalhices públicas e privadas vem sendo a tônica dos últimos nove anos e meio, embora não seja exclusiva dessa gente que assumiu o poder. O ex-presidente Lula, no entanto, elevou essa prática ao paroxismo. Calou quando estourou o caso do Mensalão (só falou dias depois, para contar mentiras e manipular fatos); desapareceu quando houve o acidente com o avião da TAM, em São Paulo (a comemoração ficou por conta de seu ministro, Marco Aurélio Garcia, aquele dos gestos obcenos); omitiu-se em todos os muitos escândalos de seu Governo, tansferindo a carga para seus auxiliares.
     Mas nunca se fez de difícil - ao contrário! - quando o palco e a plateia eram favoráveis. Nessas ocasiões, exercia plenamente o discurso piegas, simplório e medíocre, à sua semelhança. E arrebanhava multidões de desesperançados, a exemplo dos mais deletérios pastores eletrônicos, um Jim Jones caboclo.
     Com Dilma Rousseff acontece a mesma coisa. Lépida e fagueira quando o assunto é popular, como os cortes de juros, escondeu-se em todas as crises. Quando é impossível fugir dos flashes, como agora, na recente reunião do Mercosul que formalizou a entrada de um governo bandido no grupo, limita-se a caras de paisagem, sorrisos dissimulados. No máximo um ou dois "eu acredito" e "veja bem ..." insossos.

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