quarta-feira, 11 de julho de 2012

A democracia petista

     Decisão boa, de acordo com os padrões brasileiros atuais, é aquela que está de acordo com o que pensam os nossos ideólogos de plantão. Essa é a grande marca desse legado desastroso e medíocre que está lendo deixado pelo partido que assaltou o poder há nove anos e meio. E vale para todos os temas, instâncias, debates. Os lulas, mercadantes e quetais que andam por aí, quando exerciam o mais repugnante estelionato ideológico já registrado nesse país, bradavam pelo direito à greve em qualquer circunstância, davam risinhos de aprovação ao assistirem às badernas produzidas nas ruas por desajustados, exorcizavam as privatizações, festejavam os pontapés desferidos em executivos. Do outro lado do balcão, fazem caras e bocas, ameaçam, fecham portas e diálogos e vendem tudo, em ritmo alucinante.
     Irresponsáveis como raramente se viu no país, foram para as ruas pedir o impeachmente do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no primeiro dia do seu segundo mandato, conquistado sem necessidade de segundo turno. Anos depois, já instalados, ameaçam o país com a desordem e o caos, em defesa de uma quadrilha de assaltantes que enfiou as mãos imundas nos cofres públicos, no episódio do Mensalão do Governo Lula, o ato mais indigno da nossa história recente. Uma prática - o roubo institucionalizado - que se consolidou nos últimos anos, a julgar pelo acúmulo de escândalos que se derrama pela companheirada.
     A cada manifestação arbitrária em defesa da violência, a cada apelo ao 'controle social da mídia' (é assim que esse gente chama a simples e vagabunda censura), a cada chantagem contra os poderes constituídos, mais fica evidente o lado totalitário e sem escrúpulos do grupo que está no poder. Essa é a verdadeira face desse lixo ideológico que forma a base de sustentação do projeto petista de se perpetuar.
     As últimas declarações do presidente da Câmara, deputado federal Marco Maia, do PT gaúcho, em relação ao julgamento do Mensalão de Lula, foram emblemáticas e não deixam dúvidas. Segundo na ordem sucessória - não podemos esquecer!!! - e presidente de uma casa com a importância da Câmara Federal, não teve o menor constrangimento em se associar às ameaças e críticas veladas ao Supremo Tribunal Federal, pela marcação do início do julgamento dos 38 pilantras que roubavam o país, entre eles figuras expressivas do seu partido, como o ex-ministro José Dirceu, o ainda deputado e candidato à prefeitura de Campinas João Paulo Cunha, o atual assessor do Ministério da defesa, José Genoíno e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
     Fica claro que não há limites para a indignidade dessa gente, que recusou-se a assinar a Constituição de 1988, combateu a candidatura de Tancredo Neves (apostava no caos, para se beneficiar, como sempre) e hoje está aliada ao senador Fernando Collor de Melo, ao deputado federal Paulo Maluf e ao que há de mais espúrio no Congresso. Maia apenas deu prosseguimento à canalhice política perpetrada pelo ex-presidente Lula; pelo presidente de seu partido, Ruy Falcão; e pelo novo presidente da CUT, essa entidade repleta de pelegos e que representa, de fato, os interesses do partido oficial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário