segunda-feira, 23 de julho de 2012

Histórias de Júlia e Pedro (Capítulo 49)

Os bebês crescem ...

     Confirmei, sexta-feira passada, que Pedro já não é um bebê. Ele já vem dizendo isso há 'algum tempo' - "Eu já tenho cinco anos, vovô!!!" -, mas eu finjo que não escuto. Assim como ignoro solenemente o fato de Júlia já estar calçando 32, estar quase do tamanho da babá que a acompanha (e a Pedro, mais tarde) desde o berço e já ter e-mail. É verdade. Depois de uma longa resistência materna, Júlia conseguiu ter seu próprio endereço eletrônico, seguindo o passo das amigas, que já haviam conquistado esse direito há algum tempo.
     Quando soube da novidade, a tia (Fabiana, irmã de Flávia) teve uma reação que sintetiza nossas emoções: "Para de crescer, Júlia!". Como se fosse possível. Há alguns meses, depois de eu ter manifestado algo semelhante, ao 'lamentar' o quanto ela já estava desenvolvida, quase entrando na pré-adolescência, a resposta foi direta e com o jeito dela: "Vovô, a vida é assim mesmo ...", disse, com a sabedoria dos seus quase completados nove anos..
     Pedro também reage, bem-humorado, quando eu o trato como um bebezinho. E conquistou ainda mais motivos sexta-feira, como eu comecei a contar lá em cima. Estávamos no aeroporto, acompanhando a mãe, que iria voar para Londres, para se incorporar à equipe de imprensa do Comitê Olímpico Brasileiro, na cobertura da Olimpíada, quando ele disse que queria "fazer xixi".
     Sem pensar muito, peguei o moleque pela mão e entramos no banheiro masculino. Pinto para fora, ele não teve dificuldade alguma para acertar mictório, mantido a uma distância segura. A mesma louça que todos nós, homens, usamos.
     Fraldário? Já era. O moleque está ficando um rapazinho.

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