terça-feira, 3 de julho de 2012

Interferência indevida

     Mais uma evidência deletéria da atuação perniciosa do bufão venezuelano, Hugo Chávez, na vida sul-americana. Segundo nos revela a Veja, a Justiça paraguaia está investigando a atuação direta e ilegal do chanceler venezuelano Nicolás Maduro no processo que culminou com a destituição do ex-bispo Fernando Lugo. Maduro, de acordo com a denúncia, fez o que pode para provocar a intervenção militar e evitar o impeachment.
     É isso mesmo. A ‘cara’ diplomática do império petrolífero venezuelano, como se fossem as ‘vivandeiras’ que rondavam nossos quartéis, estimulou os militares a colocarem os tanques nas ruas, no que seria uma clara interferência no sistema legal paraguaio, regido por uma constituição que, mesmo imperfeita, estava sendo seguida.
Imaginemos, apenas como exercício, que a secretária de estado americana, Hilary Clinton, por exemplo, ligasse para uns dois generais venezuelanos e sugerisse que eles deveriam dar um pontapé no traseiro do coronel de opereta que vai tentar este ano mais uma reeleição. O mundo cairia. A direção do PT divulgaria notas e vídeos irados. ONGs e entidades sociais fariam protestos, marchas contra o imperialismo, atirariam ovos podres nos consulados americanos.
     Maduro fez, no varejo paraguaio, o que seu país faz no atacado dessa pobre América Latina. Interfere, gera crises, compra apoios e negocia a dignidade que ainda resta nessas nossas bandas bananeiras. E é atrás dessa gente que marcha, impávido colosso, o Brasil dessa infindável Era Lula.

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