quarta-feira, 11 de julho de 2012

Vergonha internacional

     E agora, Dilma, Patriota e quetais? O secretário-geral das Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, adiantou que não tem a menor intenção de suspender o Paraguai da entidade, como pleitaram Brasil, Argentina Venezuela, Peru e outros desse mesmo porte (continuamos, como nos últimos nove anos e meio, nas piores companhias possíveis).
     Vamos pedir demissão conjunta da Organização? Vamos criar uma OEA do B, liderada por Hugo Chávez e Cristina Kirchner, e dar um pontapé no traseiro dos Estados Unidos, Canadá e México? Como vem acontecendo rotineiramente, nossa diplomacia metou o país em uma enrascada, graças à sua inegável tendência a raciocinar com os intestinos, tendo os resultados previsíveis.
     A vigarice retórica usada para atacar o regime paraguaio, que obedece à Constituição, chega a ser nauseante. Condenamos o governo de Federico Franco, o ex-presidente que assumiu o lugar de Fernando Lugo - o misto de garanhão e bispo do mesmo rebanho - e lançamos hosanas ao bufão venezuelano que altera as leis do país a todo momento, persegue adversários, prende juízes que ousam enfrentá-lo e empastela jornais e tevês.
     E não precisamos lembrar a posição subalterna de nossos digníssimos líderes frente ao ex-ditador cubano Fidel Castro, responsável pelas mais graves agressões à liberdade registradas nas Américas nos últimos anos. Isso, para ficarmos na 'vizinhança'. Recorrentemente o Brasil está sempre ao lado dos assassinos alucinados do Irã e apoiou até o fim criminosos como Sadan Hussein e Muammar Kadafi.
     Nossa diplomacia, para nossa vergonha, vem sendo conduzida à semelhança do setor de relações internacionais da CUT e assemelhados. Com pitadas lulísticas. Não poderia ser pior e mais medíocre.

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