domingo, 5 de fevereiro de 2012

Tolerância zero

     Há alguns anos, uma série policial ambientada em Nova Iorque chamou a minha atenção. Não lembro mais o nome, nem o canal que a passava. Mas jamais esqueci um dos episódios, pelo simbolismo, numa alusão ao programa de tolerância zero desenvolvido, de fato, na Nova Iorque real, afetada por uma onda de atos de violência.
     No episódio, determinados a mudar a situação, até mesmo o chefe e o subchefe de polícia foram para as ruas, combater crimes e criminosos. E depararam-se com um jovem que urinava na rua. Sem contemplação, prenderam o rapaz e descobriram que ele carregava uma quantidade de drogas. Interroga daqui, pede explicações mais à frente, o que era uma simples detenção por ato inconveniente foi crescendo até desaguar em uma série de assassinatos praticados por uma quadrilha.
     A tolerância zero provara, naquele momento, que a polícia não pode ignorar delitos, pelo simples fato de eles serem de menor importância. Os crimes, de toda as dimensões, devem ser, sim, combatidos.
     A Nova Iorque real é um exemplo, hoje, de sucesso no trato com os delitos. De um lugar perigoso, especialmente à noite, voltou a ser pouso certo e seguro para milhões de turistas de todo o mundo. Nossas autoridades policiais bem que poderiam vasculhar os arquivos e perder 50 minutos vendo esse episódio.
     Daqui a alguns anos - quem sabe? -, poderíamos viver num lugar onde os motoristas respeitassem as normas de trânsito; onde não houvesse flanelinhas e flanelões nos assaltando a cada esquina; onde não seria preciso mais prender algumas dezenas de 'foliões' por usarem nossas ruas e parques como vasos sanitários, como ocorreu ontem, na Zona Sul, ao longo dos desfiles de blocos carnavalescos.
     Não citei, de imediato, os escândalos oficiais, por óbvio. Num lugar que agisse com rigor contra um mero porcalhão não haveria lugar para assaltantes de colarinho branco.

Um comentário:

  1. Delitos são delitos. De menor ou maior grau. Ainda vejo,infelizmente,gente jogando lixo nas ruas e agem como se não fosse nada..e vejo miséria,vejo pessoas pegando panfletos e jogam no chão..que vergonha. Imagina se,para cada pessoa q ousasse fazer isso tivesse que pagar um din din ao policial? Du vi do que repetissem esse ato lamentável.. Fora outros vandalismos como vans que vão com pessoas em pé..e os preços das passagens só aumentam..
    Foliões que você citou que não sabem preservar onde passam..não custam urinar em local adequado..ah o banheiro químico fede? paciência, mas tb poderiam fazer manutenção com mais agentes da limpeza..enfim,cada um fazendo sua parte,ajuda e muito esse tipo de infração. São tantos que se eu falar, não terei mais espaço pros caracteres ou o comentário se transformará em pergaminho..

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