quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Mais um ministro 'pede para sair'

     E lá se vai Negromonte (Mário, do PP - esse inacreditável partido cuja sigla remete a algo historicamente reprovável), ladeira iluminada abaixo, encontrar-se com os outros seis ministros do Governo Dilma que perderam o cargo sob pesadas acusações de corrupção. E sai como se vítima fosse de um tiroteio provocado por interesses subalternos, e não como protagonista de fatos absolutamente reprováveis. E não podemos esquecer que anda há outros nessa lista interminável.
     Na sua carta-renúncia - eles sempre saem por 'vontade própria', para se defender melhor fora do cargo -, o já ex-ministro das Cidades afirma que nada foi provado contra ele, que estará firme ao lado da presidente Dilma, no Congresso, para onde volta. Já ia esquecendo: O Globo lembra que ela também acusou a "mídia". Como podemos ver, o script é o mesmo, recorrente.
     O agora deputado esqueceu que a tal 'mídia' apenas repercutiu a informação que seu ministério havia falsificado um laudo técnico para aprovar novo projeto viário para Cuiabá, destinado à Copa do Mundo de 2014. Uma informação que saiu de dentro do ministério, com direito a gravação. Omitiu, também, as evidências de que manipulou verbas para atender a interesses políticos na Bahia, seu estado; manteve reuniões não muito republicanas com lobistas; e teria oferecido uma mesada de R$ 30 mil a alguns deputados, desde que eles o apoiassem. Em resumo, um histórico condizente com a 'Era Lula' e com seus companheiros de ministério, os demitidos e os que ainda devem ser afastados a bem da dignidade pública.
     Confirmando o que o mensageiro do Palácio, o ministro da Gilberto Carvalho, havia antecipado pela manhã, o ministério continua nas mãos do PP. Entra o deputado federal Aguinaldo Ribeiro, da Paraíba. Fala ministro: "O PP não é um partido qualquer. Não é um partido incidental ao governo. O PP tem sido um parceiro para nós. Temos pelo PP um grande respeito", declarou o secretário-geral da Presidência. É verdade, ministro. Paulo Salim Maluf e Jair Bolsonaro fazem parte desse parte dessa 'parceria ideológica'.

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