Eu fico imaginando os malabarismos retóricos que os defensores dessa ditadura vagabunda devem estar preparando para explicar o inexplicável: o regime cubano voltou a negar autorização para a blogueira Yoani Sánchez possa deixar o país. Dessa vez, ela estava tentando vir ao Brasil, convidada a participar de um encontro cultural sobre liberdade de imprensa na cidade de Juazeiro, na Bahia.
Nem o fato de o país de destino ser parceiro de toda a hora interferiu na decisão dos 'democráticos' dirigentes daquela ilha da demagogia, do atraso e do obscurantismo. Não haveria 'riscos'. Na pior das hipóteses, se tentasse por aqui ficar, livre, Yoani seria presa e deportada, após ser enfiada à força num avião venezuelano, como se fosse uma boxeadora fugitiva.
A estupidez da decisão dos donos da ilha que mexe com as fantasias dos nossos mais vibrantes expoentes da intelectualidade e política é comparável às pedradas iranianas nas mulheres que resolvem dormir em mais de uma cama. São a expressão da pequenez desses governantes, do seu horror às liberdades individuais, aos direitos humanos.
Arbitrários, fascistas, empunham a bandeira do combate ao imperialismo americano como gazua. E arrastam com eles um grupo que se diz democrata, que agride nossa inteligência ao defender dirigentes e regimes criminosos. "Mas em Guantanamo ...", diria nossa presidente.
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