O Globo de hoje nos conta que o terrorista e assassino italiano Cesare Battisti, acolhido no berço esplêndido brasileiro e tratado incompreensivelmente pelo jornal como um simplório e inofensivo "ex-ativista", vai desfilar no Cordão do Bola Preta, um dos blocos mais tradicionais do carnaval carioca.
Battisti falou de seus planos imediatos em Brasília, onde esteve para agradecer penhoradamente o apoio dos nossos políticos "de esquerda", fundamental, segundo ele, para a aprovação de seu pedido de asilo. Vejam bem: os que se dizem de esquerda, no mundo atual, defendem assassinos, e não as vítimas.
A Itália, democracia consagrada e com a qual o Brasil mantém relações cordiais, havia solicitado a extradição do fugitivo, que fora condenado pelo assassinato de quatro pessoas, quando militava em um grupo de terroristas, em plena vigência de um governo legítimo que enfrentava a máfia.
Não satisfeito, o novo folião - tratado a pão-de-ló pelo equivocado deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) -, segundo o jornal, reclamou do pouco dinheiro que recebeu pelo livro no qual conta sua vida no cativeiro, durante pouco mais de quatro anos. Mata, foge, usa documentos falsos, é acolhido e ainda reclama. Battisti é mais um exemplo da folia ideológica brasileira.
Faltou lembrar a ele e - tomo a liberdade - a O Globo que os dois boxeadores cubanos que pediram asilo ao Governo Brasileiro, no Pan de 2007, realizado no Rio, foram presos e deportados sumariamente, a bordo de um avião venezuelano, do companheiro Hugo Chávez. Podem, até, ter passado os carnavais posteriores desfilando, sim, mas em uma prisão na ilha da fantasia, amarrados a uma bola de ferro, que podia até ser preta, mas que não provocava a menor alegria.
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