segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Lupi perdeu os adereços

     Eduardo Paes, o jovem e trêfego alcaide carioca, em ritmo de carnaval, atravessou de vez a fronteira para a irreverência administrativa: um dia depois de nomear o ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi, para seu gabinte, com um salário nada desprezível de R$ 8,5 mil, ou quase seis bombeiros, recuou a apagou a canetada claramente destinada a afagar a harmonia com o PDT.
     Lupi, segundo nos conta O Globo, fica onde estava - é funcionário concursado -, sem direito, no entanto aos adereços financeiros que o novo posto ofereceria. Paes é assim: absolutamente sensível ao noticiário, ao qual reage quase imediatamente. Basta uma notinha em alguma coluna para o prefeito alterar enredos consagrados pro ele mesmo.
     Foi com esse espírito - digamos - maleável que conseguiu transitar sem traumas do antigo PFL ao PMDB, passando pelo PSDB, quando destacou-se como um crítico feroz do Governo Lula, à época do Mensalão. Alçado à prefeitura, em estreita parceria com o governador Sérgio Cabral, conseguiu reescrever as linhas do seu passado e aproximou-se do ex-presidente, depois de romper a resistência do cordão de isolamento imposto pela ex-primeira-dama, D. Marisa, que não o perdoava por críticas ao desempenho dos filhos, entre outras coisas.

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