sábado, 11 de fevereiro de 2012

Onde está a propina?

     A Folha exibe hoje a confirmação do suborno praticado na Casa da Moeda, quando presidida pelo petebista Luiz Denucci. Segundo denúncia de uma operadora financeira inglesa, o pagamento de propina no valor de US$ 6,15 milhões foi feito em dinheiro vivo. O acusado, é claro, desmente. Mas acredito que não seria muito difícil rastrear contas do ex-nomeado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e descobrir onde está essa dinheirama. Ou para quem foi repassada, total ou parcialmente.
     Quando quis, o governo petista de Lula - que continua no poder - vasculhou as contas de um simples caseiro de Brasília, na ânsia de encontrar uma desculpa para as estripulias do ex-ministro Antonio Palocci em uma mansão bem tolerante do Lago Sul da capital. Aliás, sendo verdadeiras as notícias que nos chegam, o ex-ministro, que conseguiu a proeza de ser demitido duas vezes, continua muito ativo na Capital Federal.
     Voltando ao tema principal: um dinheiro desse tamanho não desaparece por obra e graça do espírito santo. Tem que estar em algum lugar, nem que seja no exterior. Ou, talvez - e isso é uma especulação à qual eu me permito, em função dos antecedentes da Era Lula - explique, por exemplo, a cobertura de buracos em determinadas campanhas eleitorais, especialmente em São Paulo.
     O PTB - dono do feudo - insiste em afirmar que o ex-presidente da fábrica de dinheiro foi uma indicação pessoal do ministro Mantega, que deveria - se vivêssemos em um país mais sério - estar prestando contas à Justiça.
     Esperemos o prosseguimento das investigações, se é que vai haver algum. Os últimos exemplos de demissão por comportamento indigno mostram que não há interesse em aprofundar questões semelhantes. Todos os acusados - literalmente todos - estão livres, leves e soltos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário