terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O conselheiro da presidente

     A notícia está lá, no Estadão, como se fosse o fato mais comum do mundo, algo meio genérico, por assim dizer. O presidente (é isso mesmo, presidente!!!) do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi, anunciou hoje, depois de encontro no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff, que será chamado para discutir o nome do sujeito que vai ocupar, de fato e de direito, a pasta do Trabalho, de onde ele, Lupi, foi expurgado e que faz parte do feudo de sua agremiação.
     Como podemos comprovar, a gerente da limpeza aposentou a vassoura, ou - quem sabe? - a passou para a nova presidente da Petrobras. Aliás, para ser justo, esse história de limpeza no governo não passou de um anorme embuste, uma fantasia estimulada pelo palácio do Planalto, mas jamais assumida formalmente. Afinal, não ficaria 'bem' se a presidente anunciasse que estava demitindo ministros por vigarice, já que todos foram indicados por seu antecessor, com sua total e entusiástica aprovação.
     Com Carlos Lupi - aquele que jurou amor eterno à presidente, depois de desafiá-la publicamente - aconteceu a mesma coisa que ocorrera com os defenestrados anteriormente e que vai acontecer com os futuros 'demissionários' (há uns dois ou três prontos para levar um chute no traseiro). Saiu "a pedido", para se defender melhor fora do cargo.
     Mas a punição ficou nisso. Não há processo algum. Saiu do ministério mas continua indo ao palácio, como parceiro do governo e integrante do Conselho Político, que congrega presidentes de partidos da 'base' (PP, PMBD, PTB e por aí vai ...), ministros e líderes.
     É a cara do atual Governo, sem máscaras.

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