terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Encruzilhada carioca

     Os 'Rios de Janeiros' (estado e cidade) agraciados pela natureza, sofrem, há muitos anos, com a mediocridade de seus políticos, um processo que parece não ter fim e que a cada eleição tome novas formas, deforma-se. Reféns de dois movimentos que se enfrentam historicamente - o 'Chaguismo', representado pelo PMDB atual; e o Brizolismo, dividido picarescamente entre o PFL, o PDT e o PR -, cariocas e fluminenses parecem ter sublimado décadas de promessas falsas, populismo barato e irresponsabilidade admistrativa.
     Os representantes desses dois grupos da não-ideologia, frutos do período de exceção que vivemos durante o Regime Militar, vêm se revezando no comando da cidade e do estado, que tiveram a qualidade de vida sucateada, a cidade do Rio, em especial, que assistiu à violência da favelização; ao desmatamento; à transformação de suas praias em depósitos de esgoto; ao crescimento da violência; e à transformação de suas ruas e avenidas em imensos engarrafamentos.
     As eleições municipais deste ano expõem, claramente, o vazio em que nos encontramos. Para enfrentar o poderio do governador Sérgio Cabral em todo o estado e do prefeito Eduardo Paes na capital (ambos do PMDB), anuncia-se uma nova parceria, entre as famílias Garotinho e Maia, inimigas há algum tempo.
     É o que deve restar a nós, cariocas, em outubro. A continuidade dessa era Paes, que será marcada pela derrubada da Avenida Perimetral, ou a volta dos Maias à direção da cidade. Uma 'escolha de sofia'.

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