sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A 'ideologia' venezuelana

     Li hoje, apenas no Estadão, uma notícia que quase me fez descer - em pensamentos - ao comportamento asqueroso que emana do governo venezuelano, como um todo. O diretor de Assuntos Estatais de um tal Serviço Administrativo de Identificação e Imigração (não vou reproduzir o nome desse indivíduo) postou o seguinte comentário no Twitter, sem que fosse contestado ou, ao menos, obrigado a se retratar: "Os malditos judeus deveriam agradecer a Hitler que, graças a ele, hoje em dia, têm essa matriz de opinião, onde são considerados vítimas".
     Foi exatamente isso (o jornal reproduz o trecho). Esse é o perfil do funcionário do primeiro escalão do governo de Hugo Chávez, o queridinho da 'esquerda' e dos nossos representantes em Brasília, que ainda não se manifestaram, como sempre fazem quando o assunto é criticar Israel.
      Essa declaração estúpida - segundo nos informa o Estadão - será o tema de um encontro entre o presidente do Conselho Judaico Latino-americano, o brasileiro Jack Terpins, com o embaixador venezuelano em Brasília, segunda-feira. Imagino um encontro tenso. Como explicar a manutenção de um imbecil como esse à frente de um órgão oficial? Em qualquer país governado por pessoas dignas - o que não é, definitivamente, o caso da Venezuela -, a reação seria imediata e o funcionário, além de demitido, sofreria um processo criminal.
     Como lembra o jornal, no entanto, o antissemitismo parece fazer parte da 'ideologia' dos dirigentes desse pobre país latino-americano. Recentemente, a página oficial da Rádio Nacional da Venezuela publicou um artigo ofensivo aos judeus e que só foi retirado após uma grande mobilização.

Nenhum comentário:

Postar um comentário