domingo, 26 de fevereiro de 2012

Mais, do mesmo ...

     Toda essa celeuma em torno da candidatura de José Serra à prefeitura de São Paulo - que parece sacramentada - exibe a extrema pobreza dos principais partidos de oposição ao Governo Federal. Sem discurso, mensagem ou algo parecido com proposta política, a única saída encontrada foi recorrer a um nome que fosse , ao menos, identificado pelo eleitor. Alguém de quem já se tenha ouvido falar, alguém que pode contar alguma história.
     E isso, em uma eleição que terá, como principal candidato do Planalto, o ex-ministro Fernando Haddad, da Educação (?), aquele mesmo que desmoralizou seguidamente o Enem e tentou adaptar a língua portuguesa falada e escrita no Brasil às limitações intelectuais da maioria absoluta (ou da parte 'relevante') de seu partido, o PT.
     Para tentar escapar ao fracasso que se adivinhava, o PSDB e os partidos que compõem a base da Oposição ao governo do PT precisaram usar todos os argumentos possíveis para convencer José Serra a desistir de nova campanha presidencial, sua verdadeira obsessão, abrindo um caminho sem lutas para a consolidação da candidatura de Aécio Neves em 2014. Uma candidatura que, hoje, apesar de mais consistente do que uma eventual postulação de José Serra, estaria fadada a mais um insucesso, não tenho a menor dúvida.
     Por paradoxal que pareça, uma eventual vitória de Serra, que contará com o apoio (???) do atual prefeito Gilberto Kassab, poderá disfarçar o enorme vazio que se observa na Oposição, refém da mistura de populismo e assistencialismo instalada no país há nove anos. As ideias tendem a ser sufocadas, basicamente por falta de protagonistas que se identifiquem com a população.

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