sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

E ninguém é preso ...

     Eu já tinha encerrado as atividades por hoje, compulsoriamente, forçado, em especial, pela desastrosa prestação de serviços da Light - não há um dia sequer em que a energia deixe de ser cortada, por períodos variados, aqui na Pedra. Hoje, no entanto, ao contrário dos dias anteriores, o serviço voltou menos lentamente, a tempo de eu assistir à segunda parte do Jornal Nacional.
     Teria sido melhor, para meu estômago, que ficasse tudo às escuras por mais alguns minutos. Com a volta da luz, pude assistir a mais um mergulho nas trevas, perpetrado por outro desses inacreditáveis ministros do Governo Dilma, Guido Mantega, da Fazenda.
     Com a desfaçatez dos inimputáveis, Mantega disse ao Brasil que nunca tinha visto o ex-presidente da Casa da Moeda, nomeado por ele, e que acaba de ser demitido por suspeita de ter recebido algo em torno de US$ 25 milhões de propina. Sem corar, o ministro afirmou que o funcionário era uma indicação do PTB e que já fora alertado sobre alguns problemas de desvio de conduta.
     Candidamente, alegou que questionou os elementos do próprio PTB , mas que ninguém se dispôs a registrar as denúncias formalmente. Sendo assim, ele se sentiu à vontade para nomear o tal sujeito. E para demiti-lo agora, apenas e tão-somente em função das pressões partidárias. O Governo? Não, não tem nada com isso. Aliás, foi o que disse, em entrevista ao JN, um desses líderes do PT, ao defender a não-convocação de Mantega para explicar mais essa trapalhada ao Congresso.
     Não, ninguém foi algemado e preso. Finda a entrevista, Mantega saiu livre e solto, escoltado por um bando de assessores.

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