segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Collor e PT, tudo a ver

     Vocês leram algum texto ou escutaram alguém do PT falar sobre os vinte anos do impeachment do ex-presidente e atual senado Fernando Collor (PTB-Al)? Pois é. Os tão combativos parceiros dos quadrilheiros que assaltaram os cofres públicos no episódio que ficou conhecido como Mensalão do Governo Lula, no máximo, desconversaram, quando lembrados do assunto. Um deles - confesso que não posso precisar, mas acho que foi o presidente da Câmara, Marco Maia - saiu-se com um vago "ele pagou pelos erros e apoiou o Governo sempre que necesário". Quase vomitei.
     A companheirada prefere destilar seu ódio contra o íntegro ministro Joaquim Barbosa, implacável na relatoria do julgamento do Mensalão, e os órgãos da imprensa que sonha subjugar, a exemplo do que acontece nas ditaduras mais vagabundas do nosso mundo. A parceria pública com cheiro de privada entre o PT e Collor é apenas um exemplo - embora emblemático - do jeito de fazer 'política' adotado pelo grupo que detém o poder há nove anos e nove meses.
     O abraço entre o ex-presidente Lula e o atual deputado federal Paulo Maluf, em troca de apoio à candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, é outro destaque da falta de dignidade do partido que se propunha arauto da moralidade - o que jamais foi, insisto sempre. O Mensalão foi apenas a face mais visível e criminosa do comportamente deletério adotado pelo projeto de poder que se instalou no país.
     Não havia e não há limites. Apoiado em um discurso capenga, produzido apenas e tão-somente para conquistar a massa ignorante e simplória de brasileiros, o PT sempre fez o que pôde para alcançar seus objetivos. Os casos de atropelo da lei e da decência viraram rotina, como o dos falsificadores de dossiês e o sistemático desvio de dinheiro público, responsável pela queda de sete ministros no primeiro ano do Governo Dilma.
     E é essa gente que tem coragem de falar em elites.

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