terça-feira, 23 de outubro de 2012

Lewandowski continua defendendo a quadrilha

     Apesar de derrotado fragorosamente na sua tarefa partidária de defender e absolver os quadrilheiros e corruptores do Partido dos Trabalhadores, o ministro Ricardo Lewandowski continua, no entanto, fazendo o possível para tumultuar essa fase do julgamento do assalto aos cofres públicos praticado no Governo Lula, a que está estabelecendo as penas dos criminosos.
     Contando com a parceria do ministro Dias Toffoli - aquele ex-empregado do PT que também não se envergonha de ser ridicularizado pelos seus pares -, o revisor tenta reduzir os anos de cadeia que estão sendo impostos de imediato ao publicitário Marcos Valério, de olho - e isso é tão óbvio!!! - nas sentenças que desabarão sobre as cabeças da companheirada chefiada pelo ex-ministro José Dirceu.
     O trabalho de Lewandowski, a partir de hoje, é evitar penas altas que influenciem o resultado da dosimetria quando referente aos integrantes do que ficou conhecido como 'núcleo político'. Embora não tenha o direito de abrir a boca quando da imposição de penas a réus que absolveu, encontrou um meio de interferir justamente quando estavam em discussão as punições por crimes também imputados, em especial, a José Dirceu e José Genoíno: formação de quadrilha e corrupção ativa.
     Não conseguiu, a princípio, seu intento, mas criou a confusão a que se propunha. Marcos Valério já acumula, em apenas dois dos vários crimes pelos quais foi condenado, oito anos de cadeia. Pelo que ainda virá, deve chegar, com facilidade, aos 30 anos de prisão, o que tornará (tornaria?) a tarefa de Lewandowski (livrar os chefões da roubalheira do xadrez) mais difícil.
     Ficou claro, ainda, que o ministro cuja indicação foi defendida por Dona Marisa Letícia Lula da Silva - fato jamais desmentido - está empenhado em situar os crimes em data anterior à mudança da Lei que estabeleceu penas mais duras nos casos de corrupção, em especial. É uma manobra deplorável destinada a limitar a pena a de um ano a oito anos (desde o fim de 2003 os limites foram aumentados para de dois a 12 anos). Seu objetivo parece claro: conseguir que seus pares estabeleçam o limite de dois anos, agora, o que favorecia a prescrição e poderia influir na dosimetria que será imposta aos quadrilheiros do PT. E isso ficaria mais fácil caso a pena mínima fosse um ano.
     Em síntese: a quadrilha, embora condenada e desmoralizada, continua ativa e atuante.

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