terça-feira, 23 de outubro de 2012

O pensamento vivo do petismo

     O Globo nos regala com uma entrevista imperdível e extremamente elucidativa de um exemplar irretocável do verdadeiro petismo, o ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi. Vale a pena saborear cada palavra, cada pensamento, cada afirmação desse personagem que parece saído de um campo de cultivo de cana-de-açúcar da Cuba dos anos 1960. Ou de um centro de reeducação política da China maoísta pós-'revolução cultural'.
     Para começar, a definição do ex-ministro para a condenação dos principais quadrilheiros (6 a 4) e corruptos ( 9 a 1 e 8 a 2) do seu partido: "São prisioneiros políticos de um julgamento de exceção". Todos nós, em algum momento - especialmente nos últimos nove anos e dez meses dessa lamentável Era lula -, ouvimos e/ou lemos idiotices semelhantes. Embora seja uma afirmação que flerta com o mais profundo e vulgar estelionato ideológico, é o pensamento dominante entre os criminosos que acabam de ser condenados, seus asseclas e simpatizantes. Em síntese: pura vigarice.
     Mas o preclaro ex-ministro que - pelo visto - defende o direito de seus companheiros assaltarem os cofres públicos em nome da 'causa', não se contentou. Afirmou com aquela inflexão que acompanha as declarações normalmente proferidas pela companheirada, que "vai ser a razão de viver de Genoíno e do Dirceu mostrar que eles foram condenados sem provas". Eu, ao ler mais essa estultícia, fiquei entre uma estrondosa gargalhada e o vômito desenfreado.
     E foi além. Afirmou, num misto de ameaça e chantagem (atitudes comuns entre os membros do seu partido), que eles, os petistas, vão acompanhar "com lupa" cada voto futuro dos ministros em casos que envolvam corrupção. Mas ressaltou que o PT "acatará a decisão (do STF) apesar de descordar dela em todos os aspectos". Como se essa gente pudesse fazer outra coisa a não ser uma vaquinha para comprar cigarros e revistas para os futuros presidiários. 'Esquece', esse tal ex-ministro, que não está em Cuba, na Venezuela ou na Coreia do Norte. Ou na Albânia que provavelmente embalou seus sonhos pretéritos.
     Graças à coragem, dignidade e determinação da maioria absoluta dos ministros do Supremo Tribunal Federal, o Brasil inaugurou uma nova fase na sua existência como nação. A condenação dos quadrilheiros que assaltaram o país é um marco na nossa vida. A cadeia que se aproxima dos criminosos petistas é a grande resposta que a sociedade dá a um comportamento deletério que tentou e ainda tenta subjugar a democracia e a liberdade.

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