terça-feira, 16 de outubro de 2012

Um país de cócoras

     A vergonhosa posição brasileira em relação ao mundo - quase sempre de cócoras, quando trata de interesses de republiquetas governadas por aprendizes de ditadores, como a da Venezuela, e terroristas, como o Irã - foi criticada severamente pelos participantes da 68ª assembléia da Sociedade Interamericana de Impresa, realizada em São Paulo.
     O ex-chanceler mexicano Jorge Castañeda, por exemplo, não fez por menos. Disse, com toda as letras, que o Brasil tem sido cúmplice das investidas dos governos venezuelano e equatoriano contra a liberdade de imprensa e de expressão e classificou nosso país como um "anão diplomático", quando envolvido em ações internacionais.
     Antes, nosso governo já fora acusado, pelo diretor da UNG Human Rights Watch, José Miguel Vivanco, de se omitir quanto à postura de países que fazem tudo para reduzir a dimensão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que é ligada à Organização dos Estados Americanos.
     Essa é a percepção que entidades dedicadas à defesa da liberdade têm do Brasil, do nosso governo. E os fatos estão aí, ao alcance de qualquer analista. O alinhamento incondicional com o que há de pior no mundo vem sendo a principal característica da 'diplomacia' dessa Era Lula. Apoiamos ditadores sanguinários até o limite, como fizemos no Iraque e no Líbano, fazemos em relação ao Irã e, de forma disfarçada, à Síria.
     Estamos sempre ao lado de governantes medíocres e arbitrários, como os lastimáveis dirigentes argentino (Cristina Kirchner), venezuelano (o coronel de opereta Hugo Chavez), equatoriano (Rafael Correa) e boliviano (o 'cocaleiro' Evo Morales). A submissão ideológica aos irmãos Castro é digna de um estudo psicanalista.
     Mas não poderia ser diferente. Os últimos governos têm manifestado claramente uma posição de antagonismo com a liberdade de imprensa, intolerável, pois vem expondo as contradições abissais de uma forma de fazer política que se dizia íntegra e que a prática mostrou ser corrupta. Se pudessem - mas não podem!!! -, há muito tempo teriam ressuscitado a censura, sonho que jamais deixou de ser acalentado.
     Como não podem, os atuais detentores do poder nacional tentam influir na opinião pública comprando dignidades, através do patrocínio de teclados sempre dispostos a aplaudir assaltantes e demonizar a Justiça.

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