segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ave, Messi!!!

     Muitos vão achar que estou cometendo uma heresia. Mas a cada dia, a cada jogo, a cada gol sensacional, mais eu me convenço que Lionel Messi é o maior jogador, depois de Pelé, que eu vi jogar. E vi muitos, grandíssimos, geniais como Garrincha, Didi, Nílton Santos, Rivelino, Zico e Romário (para ficar apenas entre os brasileiros, os melhores dentre todos, no geral, não tenho a menor dúvida).
     Messi - eu já estou convencido - é o mais completo de todos. Sozinho - como Pelé o fazia e Garrincha fez na Copa de 1962, em especial -, consegue devastar times inteiros, defensores com o dobro do seu tamanho, muralhas intransponíveis para simples atletas (perto dele, todos os demais são simples ...).
     No futebol que nos emociona hoje, Cristiano Ronaldo e Neymar são os que mais se aproximam dele, mas não têm a genialidade, regularidade, criatividade, determinação, simplicidade e tudo o mais que possamos imaginar em um jogador-símbolo.
     Nos piores dias - e eles existem até mesmo para gênios -, é capaz de decidir um jogo em duas ou três jogadas. Messi é um dos casos raros em que quase todos os apaixonados por futebol são obrigados a admitir, reverencialmente, que estão diante de alguém diferenciado.
     No último fim de semana, fez três gols na vitória por 5 a 4 do seu Barcelona. No ano, já marcou 171 vezes, e ainda faltam dois meses para 2012 virar 2013. Pelé - lembravam ontem os programas esportivos - ainda é o recordista mundial, com 175 gols em uma temporada. Messi está muito perto de atropelar mais esse recorde. E com o jeito mais simples possível; correndo o tempo todo; apanhando e mantendo-se de pé; driblando: dando passes: fazendo gols de cabeça, com ambos os pés; com a bola rolando e de falta.
     Os argentinos já podem abandonar a idolatria exagerada e desproporcional que nutrem por Maradona, um grande jogador, mas aquém de Zico, por exemplo. Eles já têm um gênio completo para exaltar.

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