terça-feira, 9 de outubro de 2012

O sacrifício pela causa

     O ministro José Antônio Dias Toffoli bateu na trave. Condenou o ex-presidente do PT, José Genoíno, e o ex-tesoureiro, Delúbio Soares, seus antigos companheiros de partido, por corrupção ativa. Mas seguiu a toada da defesa - defesa, sim, pois foi o que ele fez no seu voto - realizada pelo ministro revisor, Ricardo Lewandowski, e absolveu seu ex-chefe, José Dirceu.
     Preciso admitir, no entanto, que Toffoli foi além do que se poderia fazer supor. Imaginava-se que absolvesse a companheirada toda, especialmente Genoíno, já que Delúbio há muito tempo aceitou a tarefa de admitir a culpa por tudo. Com seu voto, o ministro deu ares de dignidade à absolvição de Dirceu, que - para ele - não cometeu o crime de corrupção ativa. Para chegar a esse argumento, chegou a admitir que seu ex-chefe poderia ter sido acusado de outros crimes, mas não o específico.
     Com a continuação do voto, deixou claro que usou a condenação de Delúbio e Genoíno para evidenciar que estava sendo 'justo' com Dirceu.  

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