domingo, 14 de outubro de 2012

Índios querem carrão do ano

     Eu certamente não sou o que se poderia chamar de um 'parceiro' do atual governo. Ao contrário, sou um crítico retumbante da falta de um projeto sério, das medidas adotadas paliativamente, pensando no voto da maioria desinformada. Por isso fico muito à vontade para dizer que estou de saco cheio, há muito tempo, com esses índios de araque (calça jeans, camisas de time de futebol e utilitários esportivos na porta das 'ocas').
     Pela enésima vez um bando de legalmente inimputáveis invadiu o canteiro de obras da Usina de Belo Monte e interrompeu o trabalho, ameaçando operários com seus arcos e flechas, o que deveria ser passível de prisão, imediata, se não fosse a demagogia que cerca o tema. O investimento em usinas hidrelétricas talvez seja a única coisa razoavelmente bem feita dessa lamentável Era Lula, e os índios de chanchada da Atlântida atrapalham.
     Por mais intolerante que eu seja com o Governo, não posso acreditar que obras desse porte tenham sido autorizadas sem que houvesse um estudo detalhado do impacto ambiental. E mais: hidrelétricas, salvo melhor juízo, são as fontes de energia menos agressivas e mais acessíveis ao País, que conta com uma imensa bacia hidrográfica.
     Ou será que os estimuladores dos invasores (é evidente que eles estão sempre a postos) acreditam que é possível crescer - e o país tem que crescer - sem energia? As alternativas mais imediatas - usinas nucleares e a carvão - são potencialmente muito mais arriscadas.
     Na verdade, existe uma grande chantagem por trás dessas invasões. Nossos 'índios' há muito tempo deixaram que apenas querer um apito. Querem tevês de plasma, aviões, carrões e, se possível, passar o dia deitados nas redes. Não, não sou contra minorias, jamais seria. Já contei aqui, no Blog', que minha bisavó materna nasceu em uma senzala e que minha avó paterna era uma imigrante analfabeta.
     Ocorre que não aguento mais essa fantasiosa idealização dos nossos índios como protetores da terra e guardiões da floresta, mais uma enorme e rídícula bobagem que é repetida como verdade eterna. Assim como não suporto ver aquelas danças coreografadas para as televisões.

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