segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A quadrilha foi condenada!!!

     Não há mais argumentos, vigarices retóricas ou quetais. Uma quadrilha formada pela cúpula petista durante o primeiro governo do ex-presidente Lula assaltou, sim!!!, os cofres públicos, visando a um delirante e canalha projeto de poder. O Supremo Tribunal Federal, por 6 votos a 4, concluiu por aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República, brilhantemente apresentada pelo ministro Joaquim Barbosa.
     José Dirceu, o ex-ministro da Casa Civil de Lula, foi, sim!!!, o chefe 'formal' de uma quadrilha que roubou recursos públicos, corrompeu, foi corrompida, lavou dinheiro e ajudou a evadir divisas, entre outros delitos. O crime de quadrilha, como denunciado, ficou provado para os ministros mais relevantes, destaque para o decano Celso de Melo, uma inegável referência para a Corte. E ele foi enfático, duro, inflexível.
      "Nada mais ofensivo e transgressor à paz pública do que a formação de quadrilha no núcleo mais intimo e elevado da República, para domínio do aparelho de Estado e submissão do Parlamento aos desígnios criminosos de um grupo", afirmou Celso de Melo.
     E disse mais:"Vilipendiaram (os réus) os signos do estado democrático de direito, em um dos episódios mais vergonhosos da história política do país". Por isso, ressaltou o ministro, "devem ser punidos como delinquentes". Mais diante, reforçou: "Estamos a condenar, aqui, não atores políticos, mas protagonistas de sórdidas ações criminosas. Criminosos, mesmo ungidos por votação popular, não se subtraem à Justiça".
     E foi peremptório: "Ninguém, absolutamente ninguém, tem legitimidade para transgredir as leis. Ninguém está acima da autoridade do ordenamento jurídico".
     Ayres Brito, encerrando a votação, seguiu o relator e consolidou a condenação dos quadrilheiros, com um voto - mais um! - irretocável. "O trem da ordem jurídica não pode descarrilar", disse o presidente. "O sossego coletivo resulta da confiança", reafirmou. E proferiu o voto que o Brasil esperava: a quadrilha foi condenada.
     Lamento, em especial, pela ministra Carmem Lúcia. Poderia ter encerrado sua participação de maneira menos deslustrosa.
      PS: Tomo a liberdade de reproduzir, abaixo, trecho de uma postagem realizada quinta-feira, dia 18, aqui mesmo no Blog ('A quadrilha desmascarada'). Modestamente devo 'admitir' que acertei. Até mesmo ao admitir que a ministra Carmem Lúcia poderia votar pela condenação. Não votou, mas absolveu envergonhadamente. Vamos ao texto:
     "Partindo dessa avaliação e da análise das votações anteriores, ouso prever um placar de 6 a 4 pela condenação. Resultado que pode chegar, com facilidade, a 7 a 3. É o que o Brasil decente aguarda ansiosamente. Uma resposta contundente e abrangente à maior ameaça à nossa democracia nas últimas décadas: o uso de dinheiro público para financiar um ousado e criminoso esquema que pretendia engolfar o país com o projeto de poder petista".

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