Eu havia desistido de tocar nesse assunto, enfadonho para muitos adeptos das novas concepções gramaticais defendidas no atual governo. Mas não resisti ao pontapés nas chamadas partes baixas , cuspidas na cara e dedo nos olhos linguísticos desferidos ontem à noite em dois dos programas de tevê aos quais dedico um bom par de horas vadias: a mesa de debates do SporTv e o Manhattan Connection.
Até mesmo o ótimo André Rizek, talvez sucumbindo às provocações do meu ex-companheiro de O Globo, Renato Maurício do Prado, deu sua contribuição à má fama dos comentaristas esportivos, sapecando um 'vai vim' que deve ter estremecido a bancada. No seu (dele) caso, a furada é desculpável: falar, ao vivo e a cores, é um desafio, até mesmo para quem, como ele, vem demonstrando ser uma ótima revelação do setor.
Já o economista do "maior time de comentaristas" da televisão, Ricardo Amorim, inflacionou a taxa de inconveniências do Manhattan, ao disparar um "haviam" e, não satisfeito, engrenar, mais uma vez, o tal do "vai vim" que, espero, não venha - jamais! - a se tornar aceito como expressão da linguagem popular.
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