segunda-feira, 13 de junho de 2011

"Vai vim?" Não, nunca!

     Eu havia desistido de tocar nesse assunto, enfadonho para muitos adeptos das novas concepções gramaticais defendidas no atual governo. Mas não resisti ao pontapés nas chamadas partes baixas , cuspidas na cara e dedo nos olhos linguísticos desferidos ontem à noite em dois dos programas de tevê aos quais dedico um bom par de horas vadias: a mesa de debates do SporTv e o Manhattan Connection.
     Até mesmo o ótimo André Rizek, talvez sucumbindo às provocações do meu ex-companheiro de O Globo, Renato Maurício do Prado, deu sua contribuição à má fama dos comentaristas esportivos, sapecando um 'vai vim' que deve ter estremecido a bancada. No seu (dele) caso, a furada é desculpável: falar, ao vivo e a cores, é um desafio, até mesmo para quem, como ele, vem demonstrando ser uma ótima revelação do setor.
     Já o economista do "maior time de comentaristas" da televisão, Ricardo Amorim, inflacionou a taxa de inconveniências do Manhattan, ao disparar um "haviam" e, não satisfeito, engrenar, mais uma vez, o tal do "vai vim" que, espero, não venha - jamais! - a se tornar aceito como expressão da linguagem popular.

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