domingo, 12 de junho de 2011

Os 'pelés' de Itaguaí

     'O Globo' de hoje traz uma reportagem - do excelente jornalista Chico Otávio - que sintetiza bem os novos tempos, a chamada 'Era Lula', que não tem data para terminar. Não, não vou falar mais uma vez da absurda e inexplicável troca de cadeiras no ministério. Também vou me furtar a abordar, de novo, os escândalos nascidos e alimentados na Casa Civil.
     Dedico essas 'mal traçadas linhas' a outro fantástico enriquecimento, ocorrido em Itaguaí, município do Rio de Janeiro. Lá, dois 'pelés da incorporação imobiliária' ganharam, em cerca de três meses, mais de R$ 10 milhões. É isso mesmo, um sucesso só comparável ao do ex-ministro Antonio Palocci.
     Sucedeu que os dois (o secretário municipal de Indústria, Comércio e Turismo e o procurador-geral do município) olharam para um pedaço de terra safado que havia por lá e decidiram comprá-lo, por módicos R$ 50 mil (pouco mais de R$ 1 - UM REAL - por metro quadrado).
     Como num passe de mágica, o tal pedaço de terra sofreu a maior valorização imobiliária já registrada no mundo, ao ser escolhido como o local destinado à ampliação do pátio de estocagem de minérios do futuro Superporto do Sudeste, da MMX, empresa do empresário Eike Batista, 'nosso' candidato a ser o homem mais rico do mundo.
     Quem é que aprovaria o projeto? Acertou quem disse que seria o tal procurador. E o terreno, se sua destinação oficial já fosse conhecida, valeria quanto? Ganhou um doce quem imaginou que custaria muito mais caro.
     E assim caminha o Brasil, terra fértil para o crescimento de grandes fortunas, berço de vários pelés, onde nunca, jamais, em tempo algum ...

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