sábado, 25 de junho de 2011

As armas dos homens do fogo

     Ficamos sabendo - pelo O Globo (*)- que nossos bravos soldados do fogo têm direito a três armas: uma pistola ou revólver e duas espingardas de caça. O tal revólver (ou pistola) já seria uma aberração, pois não me consta que bombeiros tenham, entre suas incumbências profissionais, o combate ao crime. Revólver, então, para quê?
     Não há justificativa possível. Nem mesmo as exigências de bom comportamento, 'tempo de casa' etc. Combater incêndios e fazer resgates, colocando em risco a vida, são funções altamente louváveis e que, ao longo dos anos, construíram a imagem que o Corpo de Bombeiros tem entre a população. Para que sejam realizadas é preciso, sim, treinamento, disciplina, entrega, altruísmo. Não me consta que dar tiros esteja entre suas atribuições diárias.
     A essa distorção da função, especialmente aqui no Rio, soma-se a estapafúrdia permissão para armas de caça. Caçar - repito a forma da questão acima - o quê? Será que ninguém se deu conta que a caça é proibida no Brasil? Proibida, sim, com a absurda exceção aberta no Rio Grande do Sul, onde ainda é permitido trucidar algumas espécies (pombões e lebres, entre outras), em determinada época do ano.
     Que venha o aumento pleitado pela categoria. E que saiam de cena as armas.
(*) Edição da semana passada (sem telefone e velox).

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