quarta-feira, 8 de junho de 2011

Despedida injusta

     Ronaldo, pelo seu passado absolutamente vitorioso, poderia ter se poupado do espetáculo da despedida da Seleção Brasileira. Numa idade em que dezenas de atletas continuam atuando com razoável desenvoltura, o 'Fenômeno' exibiu, em São Paulo, não mais do que as marcas de uma vida repleta de problemas físicos. Foram alguns minutos que não fizeram justiça ao grande jogador.
     Enorme, esmagado por uma possível cinta elástica, com dores e ofegante, Ronaldo ainda teve um ou dois lampejos do craque que foi. Um toque de primeira que deu velocidade a um ataque e uma conclusão para o gol que quase aconteceu. No mais, as imagens impiedosas de um ainda jovem jogador tentando encontrar o ar que teimava em não chegar aos pulmões.
     Pelo seu histórico, não precisava ter entrado em campo como se ainda fosse um jogador profissional de futebol. Afinal, era a Seleção que estava em campo, e não um time de peladas entre solteiros e casados. Uma homenagem da CBF e do mundo do esporte seria mais indicada. Até mesmo o clima jogou contra.

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