quinta-feira, 16 de junho de 2011

Quebra de sigilo

     Se os senadores e ex-presidentes Fernando Collor e José Sarney e o atual governo são contra, eu já sei que sou a favor. Seja lá do que for. Não poderia ser diferente com o caso da liberação de documentos classificados de sigilosos. É lógico que há situações que necessariamente devem ser preservadas, mas nada (ou quase nada) merece o sigilo eterno.
     A história não pode ser camuflada, oculta, manipulada. Governos tomam decisões em nome do povo, que pode e deve saber o que em nome dele foi feito. Não são resoluções pessoais, no estilo das que tomamos na nossa vida. São acontecimentos que definiram o perfil do país que temos.
     A alegação de que a divulgação de fatos ocorridos há 30, 60 ou 100 anos pode comprometer o relacionamento entre nações é, no mínimo, pífia. Os fatos devem ser estudados com a ótica do momento em que aconteceram, e não com a visão de gerações posteriores. Com uma enorme vantagem: a crítica isenta ajudaria a evitar a repetição de eventuais erros.
     A coincidência de opinião entre os personagens citados acima é um sintoma de que a transparência ainda é o melhor caminho. O ex-presidente Collor argumenta - segundo O Globo - que a segurança do Estado estaria em risco. Segurança do Estado? O que será que esses caras andaram fazendo?

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