sábado, 25 de junho de 2011

Neymar antes do título

     Neymar talvez esteja pagando pelos erros que cometeu - e ainda comete, eventualmente - ao longo de uma carreira ainda tão pequena - em tempo - e já tão brilhante. Cai demais, muitas vezes sem motivo aparente. Em alguns momentos, reage com ironia, provocação.
     Tudo isso, no entanto, não justifica o comportamento do árbitro paraguaio que apitou Santos e Peñarol, quarta-feira. O sujeito, com a arrogância típica dos que certamente se acham mais importantes do que os astros em campo - repetindo históricas atuações contra equipes brasileiras -, exorbitou de suas funções, perseguiu o atleta e maculou o próprio andamento da partida.
     No lugar de proteger o espetéculo, preservando seu melhor artífice, 'sua senhoria' estimulou a agressividade dos jogadores uruguaios, que se sentiram livres para bater em Neymar. O cartão amarelo por simulação - que não houve - e as constantes ameaças de expulsão mereceriam ser punidas, no mínimo, com a sua (dele, árbitro) suspensão.
      O Santos jogou bem? Não, longe disso. Optou por não perder, quando o lógico, pela diferença de qualidade técnica, seria escolher a vitória. Mas esse fato não pode se sobrepor à constatação de que vencer a Libertadores é um desafio dobrado para clubes brasileiros. É preciso vencer os adversários, em campos sem a segurança proporcionada aqui, e a enorme complacência dos árbitros com seus 'hermanos' de língua.
     O desabafo de Neymar, no intervalo do jogo (*) - denunciando a perseguição do árbitro -, deveria servir de alerta e mobilizar os apaixonados pelo futebol. Não foi, infelizmente, o que vi nas colunas e reportagens das páginas esportivas. Por isso me senti à vontade para, mesmo com atraso, e com risco de levar um cartão vermelho, entrar de sola no assunto.

(*) Primeira partida com o Peñarol, em Montevidéu.

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