terça-feira, 14 de junho de 2011

Uma aventura caribenha - Capítulo 36 (final)

Dividindo o rio com uma gaiola
    
O fim de um desafio

     Rio Pará, nas proximidades de Belém, sábado, 15/08/1999 - O comandante Chicão garante que o movimento nessas águas, atualmente, é muito pequeno. "As estradas esvaziaram os rios", diz, saudoso. Não é o que parece para nós, navegantes recentes. Comparados ao Rio Madeira, o Amazonas e o Pará (na verdade, o Rio Pará pode ser considerado um braço do Amazonas) parecem estradas de cidade grande.
     Durante todo o dia cruzamos com dezenas de pequenos barcos de passageiros, uma boa centena de canoas, alguns navios e lanchas modernas. À noite, as luzes de outras embarcações pontuam o horizonte. Agora mesmo, viajamos ao lado de outra balsa e de um pequeno navio, todos na mesma tocada de segurança (17 km/h).



     Nessa época do ano, segundo a tripulação, não há muitos riscos na navegação, apenas um ventinho mais forte. Os problemas aparecem na época dos temporais, no final do ano.
     Uma tempestade na entrada da Baía de Marajó, por exemplo, pode ser muito perigosa. "Às vezes, é melhor parar e esperar acabar o temporal. As ondas e o vento viram um barco com facilidade", lembra um tripulante.
     Vento, aliás, foi o que não faltou nessa viagem. Suportável, mas suficientemente forte para atrasar nossa chegada em duas horas, de acordo com os cálculos do comandante Chicão.
     Já houve a festa de aniversario de Alexandre, orquestrada por João Marcos. Além de bolo, Meire, a cozinheira, preparou pudim de leite. Tudo regado a refrigerante, pois a tripulação não bebe em serviço.
     O vinho? Bem, bebemos depois, na proa da balsa. Comemorando, também, o sucesso da nossa "aventura caribenha" e o começo da próxima.

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