sábado, 25 de junho de 2011

Histórias de Júlia e Pedro - Capítulo 19

Dois times, a mesma paixão

     Pedro normalmente passa o dia ao meu lado, quando está na Pedra. Ao meu lado e ao lado da Cléo, sua companheira de todas as horas. Hoje não foi diferente.No começo da tarde, decidiu me ajudar a catar madeira para montarmos a fogueira que seria acesa à noite, como parte da programação do feriadão das crianças.
     Conseguimos uns pedaços pequenos, separamos o jornal para ajudar a dar partida no fogo e fomos arrastar os tocos mais pesados. De imediato, Pedro se dispôs a dividir comigo a tarefa de carregar um travessão encorpado. Pegou em um lado e eu do outro (mais eu do que ele, é claro).
     Ao terminarmos o trabalho, lembrei a ele que a gente "era um time, mesmo". A resposta veio de imediato, sem pensar duas vezes, denotando a conotação que minha frase tinha passado:
     - Um time, não, vovô. Dois. Eu sou 'Famengo' e você é Vasco.
     Contendo o riso, confesso que, pela primeira vez (primeira vez, MESMO, acreditem) apelei um pouco, mantendo o espírito do 'texto':
     - Mas você podia ser um pouquinho do Vasco, também ...
     - Vovô, só se você for um pouco do 'Famengo' ...
     Estou quase topando ...


PS: Fábio (o pai), o tio e o avô paterno são rubro-negros. Eu, Flávia (a mãe), a tia Fabiana e a vovó Isis somos vascaínos. Mas, em respeito à paixão paterna, jamais explorei as 'possibilidades' da enorme ligação que tenho com Pedro e Júlia. Há amigos vascaínos que me 'condenam' por isso.

4 comentários:

  1. Adorei mais o Pedro..kkk.. Você é o único bolinha da família que é vascaíno..
    Seus netos são lindos e nada se compara a pureza das crianças.

    Abraços

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  2. Júlia, hoje, andou escolhendo uma camisa do Vasco, na internet. Pedro, cedendo à minha chantagem (confesso), disse que também era um pouco do Vasco. Quem sabe?

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  3. Adorei a história. Minha mãe tricolor e meu pai flamenguista me deixaram em uma situação difícil quando definitivamente optei pelo "time do papai". Difícil pra mim que gostaria de agradar os dois. Minha solução veio clara como água: tentava de várias formas convencer minha mãe (que nunca foi lá mt torcedora) a mudar de time rsrs. Não fui feliz em meus argumentos mas me deu paz ao coração. Hj, casada com um vascaíno, sei que naturalmente meu filho vai sofrer o mesmo dilema mas, como disse Julia "a vida é assim" rsrs!

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  4. Torço para que não haja dilema e a história se repita: que o molequinho siga os bons exemplos do pai.

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