quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Verdadeiros 'hermanos'

     Não resta a menor dúvida: eles (os governos) se parecem em muita coisa; elas, as presidentes, têm lá suas similitudes. Estou me referindo ao Brasil dessa lamentável Era Lula e à Argentina da não menos deplorável Era Kirchner. E as semelhanças foram ressaltadas hoje, com a condenação à cadeia, por quatro anos, de uma ex-ministra da Fazenda, ou algo semelhante.
     Ela foi flagrada, há alguns anos, com uma mala repleta de dólares - uma fortuna em qualquer lugar do mundo -, e, candidamente, como uma réplica portenha do ex-presidente Lula, disse que era tudo muito natural. Até mesmo o fato de guardar a dinheirama, surgida não se sabe de onde, em malas: "Não tenho cofre".
     Lá, por falta de 'lugar seguro', o dinheiro da companheirada vai para malas, maletas, sacolas e outros recipientes. Por aqui, a grana sai de um lugar teoricamente seguro - o cofre público - para os bolsos amigos, campanhas eleitorais de petistas e seus asseclas e, eventualmente, para bancar o salário e as viagens de namoradas.
     No nosso falido vizinho e no nosso promíscuo país, os escândalos são atirados na conta dos neoliberais, das elites e da banca internacional, unidos e coesos unicamente com o propósito de derrubar 'governos-de-esquerda' progressistas. A conversa fiada e bolorenta é a mesma e pretende apresentar meros ladrões como defensores dos pobres e oprimidos. Ladrões vagabundos, mas não de 'galinha'.
     É roubalheira para ninguém botar defeito, profissional, tendo como escudo uma luta de classes que foi soterrada pelos escombros do muro de Berlim, mas que permanece no discurso dos quadrilheiros de diversos matizes.

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