quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A retórica vagabunda

     "Só existe uma possibilidade de eles me derrotarem: trabalhar mais do que eu. Mas se ficar um vagabundo numa sala com ar-condicionado, falando mal de mim, vai perder"
     Essa frase - pelo tom abjeto, asqueroso, mesmo - só poderia ter sido cuspida pelo ex-presidente Lula, o mais medíocre, ignorante e despreparado ocupante do mais alto cargo do país em todos os tempos. É inacreditável como esse personagem deletério continua agredindo a dignidade com seus discursos vazios, arrogância e vigarices retóricas.
     Para alguém que praticamente não trabalhou - passou a maior parte da vida 'ativa' de operário em postos sindicais e aposentou-se bem cedo, graças à providencial 'perda' de um pedaço de um dos dedos mínimos -, chega ser degradante que tenha a coragem de chamar qualquer um de vagabundo.
     Depois de ter feito o possível para escapar da repercussão de seu envolvimento institucional (não me refriro ao que eventualmente tenha se passado nas alcovas presidenciais) com a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Nóvoa Noronha, Lula reapareceu durante a solenidade de posse do novo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que ele também presidiu. Cercado por uma plateia amestrada, disparou mesmices durante 42 minutos, segundo a Folha.
     Como sempre, não abriu mão de uma fanfarronice, ao dizer que seus adversários terão que trabalhar mais do que ele para derrotá-lo, numa alusão às últimas denúncias de que teria se beneficiado de dinheiro do Mensalão. Não teve coragem, entretanto, de apontar o dedo diretamente para o publicitário Marcos Valério, responsável pelas acusações.
     Ficou no discurso vago e barato, repleto de frases que têm efeito em determinado público. É claro que ele não quer comprar uma briga direta com seu principal algoz. Poderia, simplesmente, processá-lo por calúnia e difamação. Mas ele, Lula, sabe que seria um risco. É preferível sair atirando em uma etérea conspiração contra ele, toecendo para que sua antiga companheira de viagens pelo mundo, Rosemary Nóvoa, e Marcos Valério fiquem de boca fechada.

Um comentário:

  1. Saiu-se com um discurso debochado e pretensamente intimidador, mas que, na verdade, é típico de quem está acuado. Fala com a certeza de que a imensa legião de estúpidos e fanáticos que lhe presta apoio cego vai aplaudi-lo. Infelizmente, nisso ele tem razão.

    ResponderExcluir