quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Uma presidência lastimável

     O boquirroto e serelepe presidente da Câmara, o petista gaúcho Marco Maia, embora tenha baixado o tom e praticamente enfiado o rabo entre as pernas, insiste na postura teatral, politiqueira e ridícula de mostrar 'independência' em relação à mais recente e emblemática decisão do Supremo Tribunal Federal. É o meio que ele encontra de se solidarizar com os quadrilheiros de seu partido, condenados à cadeia pelo assalto que praticaram aos cofres públicos, no episódio que ficou conhecido como Mensalão do Governo Lula e que poderia ser chamado, sem erro, de roubalheira, pura e simplesmente.
     Esse personagem menor da história brasileira não se manifestou para comentar o lamentável resultado da CPI do Cachoeira, criada, comandada e finalizada pelo PT, atendendo a determinação do ex-presidente Lula, com o objetivo de se vingar do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) e, ao mesmo tempo, desviar o foco do julgamento do Mensalão. A CPI acabou de forma melancólica, sob a batuta de outro petista do baixíssimo 'clero'. Já o julgamento ...
     Marco Maia sequer comentou o resultado pífio, vigarista, dos seus parceiros congressistas, cuja independência ele finge defender, quando está de olho, de fato, no suporte ao deputado federal João Paulo Cunha, petista como ele, prestes a ser cassado e preso. Sem falar no suplente e futuro presidiário José Genoíno, que estudava a possibilidade de voltar à Câmara, em janeiro, em mais uma afronta à dignidade nacional.
     Gostaria de ver o ainda presidente da Câmara - vai ficar mais alguns dias, infelizmente - exigir que seus comandados mergulhassem fundo nas denúncias de envolvimento da companheirada petista, assemelhados e empresários nos escândalos que brotaram nas investigações sobre a influência do contraventor Carlos Cachoeira nos governos federal, estaduais e muncipais.
     Queria ver sua coragem ao exigir que o indecoroso comportamento do governador Marconi Perillo fosse investigado rigorosamente, tanto quando a atuação dos governadores Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e Agnelo Queiroz (PT-DF); e a presença da empreiteira Delta nos empreendimentos do tal do PAC. Marco Maia prestaria um enorme serviço à Nação. Tão grande que talvez superasse os efeitos nefastos de sua lamentável presença à frente de uma casa do Poder Legislativo.

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