terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Uma era desprezível

     Posso afirmar, sem medo de estar tergiversando, que não sinto o menor prazer quando leio, discuto ou comento os gravíssimos desvios de conduta registrados, em especial, ao longo dos últimos dez anos. Talvez minha veemência e a recorrência nas críticas a essa lastimável Era Lula levem alguém a pensar que fico feliz em constatar que, no geral, tenho acertado bem mais do que errado, ao apontar o dedo na direção da imundície que vem se espalhando pelo País a partir do Palácio do Planalto e cercanias.
     Embora tenha votado no ex-presidente apenas uma vez, no embate com o atual senador Fernando Collor (eu ainda acreditava que havia diferenças entre os dois ...), posso garantir que jamais torci pelo caos, pela confirmação da ignomínia. Dentro de um limite aceitável, já tive a expectativa de que poderia haver algo de digno nesses governos liderados pelo Partido dos Trabalhadores, apesar da mediocridade intelectual e dialética do ex-presidente, nada mais do que um político desqualificado e ignorante.
     Os fatos se sobrepuseram à eventual esperança. O comportamento abjeto de Lula, o apelo barato à demagogia e ao populismo mais vagabundo, o desprezo pela população - claramente evidenciado ao tratar o povo como incapaz - e sua integração com o que há de mais nefasto na política brasileira destruíram rapidamente a boa vontade que sempre procuro ter com novos governantes.
     As evidências do seu comportamento (deletério) pessoal e institucional logo alçaram o ex-presidente ao topo da minha lista de personagens mais desprezíveis da nossa história. As últimas revelações da podridão que se instalou no Poder a partir de 2003 apenas corroboram o que a parcela pensante da população intuía. A promiscuidade passou a dar o tom do governo. Não havia mais limites para a indecência. A partir da premissa de que os fins justificavam os meios, o país foi mergulhado na lama.
     Os acertos com o publicitário Marcos Valério, operador do assalto aos cofres públicos conhecido como Mensalão, não surpreendem. São absolutamente condizentes com as parcerias formadas com o deputado federal Paulo Maluf e com o senador José Sarney. Em uns, a gazua estupra cofres da Nação. Nas outras, violenta-se qualquer sintoma de seriedade ideológica.
     Infelizmente, não posso simplesmente ignorar o vínculo entre os governos Lula e Dilma Rousseff. O último é consequência e fruto dos anteriores. Tem o DNA petista mais lastimável, a marca da corrupção que vem caracterizando os últimos anos da vida brasileira.

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