domingo, 2 de dezembro de 2012

A lista dos intoleráveis não para de crescer

     Ao reconhecer, ontem, mais uma vez, que o tempo vem minando minha tolerância, acrescentei outros itens ou personagens à minha lista de - digamos - segregados. Sempre lembrando que essa relação é liderada com folgas e sem concorrência pela companheirada, cada vez mais indócil e irriquieta ao se deparar com a recorrência das pilantragens da turma do poder e de seus asseclas.
     Nada, mas nada mesmo!, tira mais minha paciência do que a turma saudosa dos tempos do Muro de Berlim, as víúvas de Stalin e outros genocidas semelhantes. O cheiro de naftalina e o discurso contra o imperialismo me dão ânsias. Então, que fique bem claro: nada supera a essa cambada. Só mesmo um desses fósseis com óculos escuros no topo da cabeça.
     Dito isso, e em função do seu crescimento exponencial, trago à 'colação' de vocês (já estou com saudades do julgamento do Mensalão), data venia, o sujeito que manda "arreiar" alguma coisa ou alguém. Não consigo continuar trocando mais uma palavra sequer com quem arreia e não monta. Tenho ímpetos de usar uma chibata verbal. Mas é evidente que isso só acontece quando o cabra arrota superioridade ou a sabedoria que jamais teve. Quando é o típico 'analfabesta', imagem criada por meu sogro para caracterizar um parente que não suportava e que já empreguei ao falar do ex-presidente Lula, talvez o exemplo mais perfeito.
     A turma do pode 'vim', espalhada - como praga - pelos jornais televisivos, também entrou definitivamente na minha relação. E essa decisão ficou cada vez mais madura ao perceber, no trato diário, que Pedro, com seus cinco anos (a exemplo do que aconteceu com Júlia), emprega o verbo vir corretamente.
     Já sei que serei recorrente, mas a intolerância, como admiti, aumentou. Tenho me controlado muito para não passar o dia enviando mensagens lembrando aos nossos entrevistadores, entrevistados famosos e analistas de futebol, em especial, que o verbo 'tar' ainda não existe. Pode ser, até, que venha a nascer formalmente. Tudo é possível nessa era de trevas iniciada há dez anos. Portanto, você não "tiveram" em algum lugar, mas, sim, estiveram.
     Para ser justo com os demais, concluí, nesse momento, que devo abrir um espaço especial - hors concours - na minha lista de intoleráveis para o bando que defende ladrões do dinheiro público com atos e, em especial, palavras vendidas por trinta moedas. Esse gente, depois da condenação dos mensaleiros e do mais recente escândalo companheiro, perdeu completamente a compostura.

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