sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

PT ameaça a dignidade do País, outra vez

     O Congresso Brasileiro está a poucos dias de cometer mais um suicídio moral, caso prevaleça a ideia de empossar o quadrilheiro José Genoíno, suplente de deputado federal do PT de São Paulo. Pela ordem natural, ele herdaria a vaga deixada por Carlinhos Almeida, que vai assumir a prefeitura de São José dos Campos.
     A tese defendida pela companheirada é daquelas com marca desses novos tempos estampada no focinho: a condenação de Genoíno, pelo Supremo Tribunal Federal, a seis anos e onze meses de prisão ainda não transitou em julgado. Essa gente sabe que é um argumento vazio, pois cabem, apenas e tão-somente, recursos regimentais, que não mudarão a decisão, pois o STF é a última instância da Justiça Brasileira.
     Outro argumento desprovido de qualquer conteúdo teria partido do próprio condenado, segundo nossos jornais: como cumprirá a pena em regine semiaberto, poderia trabalhar na Câmara durante o dia e dormir na cadeia. Essa gente ...
     Regine semiaberto, no caso, prevê que o preso tenha direito a trabalhar durante o dia, sim, mas em colônias penais, a maioria agrícolas. Isso quer dizer o seguinte: o presidiário toma seu café da manhã e vai plantar batatas - ou cana-de-açúcar, que deve ser a cultura de preferência de Genoíno - durante o dia. E volta para a cela. Trabalho 'comum', só mesmo no sistema aberto, no qual o preso sai da cadeia de dia e retorna, para dormir.
     Em qualquer dos casos, no entanto, seria uma agressão à dignidade nacional se um quadrilheiro condenado assumisse um mandato. Os demais deputados condenados - entre os quais João Paulo Cunha, um dos comparsas de Genoíno - que estão na Câmara já foram condenados à perda do mandato, por decisão do Supremo. Basta apenas um 'ato de ofício'.
     Empossar um criminoso condenado apenas serviria para enxovalhar ainda mais uma Casa que há muito tempo perdeu o respeito da população.

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