Nossa 'alienígena' presidente (a cada dia mais eu me convenço que ela mora em uma galáxia distante) encerrou o ano exatamente como começou: dizendo bobagens, fantasiando, escamoteando, mestre no diversionismo. Em artigo publicado na Folha de São Paulo, Dilma Rousseff não se acanhou em destacar a prioridade que ela e seu antecessor deram à saúde, à habitação e aos investimentos em infraestrutura. Um texto que cairia muito bem no sábado de carnaval ou no dia 1ª de abril, tradicionalmente dedicado à mentira.
Nossa saúde - a prestada na rede pública - é um desastre absoluto. Pacientes de todas as idades vivem amontoados por corredores de hospitais desequipados e sem profissionais em número suficiente para atender à demanda. Chega ser lastimável que alguém, com a responsabilidade do mais alto cargo da Nação, ouse elogiar avanços em uma área que claramente não atende às necessidades mínimas da população.
O desempenho oficial no setor de habitação é outra bazófia. Os números anunciados pelo Governo, ano após ano, referem-se tão-somente a projetos e são renovados e reanunciados sem que as metas mínimas tenham sido cumpridas. Aumentar o volume de financiamentos para casa própria é algo totalmente diferente de investimentos em habitação, assim compreendida a política destinada a proporcionar moradia digna a legiões de desvalidos.
Basta, aqui no Rio, em especial, olhar para os morros, margens de valões que já foram rios, vãos de viadutos e pontes para ter a certeza de que não há um projeto eficiente destinado à habitação. É mais uma parvoíce oficial.
Deixei para o fim o comentário sobre investimentos em infraestrutura. É inacreditável que o governo (assim mesmo, com letra minúscula) afronte a população com afirmações tão desastradas. Se há algo que causa vergonha nesse país é exatamente a mais absoluta falta de infreaestrutura. Nossos portos estão entre os mais caros e despreparados do mundo ( do mundo relativamente civilizado).
As estradas - com as exceções paulistas e uma ou outra de outro estado - são o exemplo mais acabado do caos. Estreitas, mal-conservadas, despoliciadas, representam uma parte substancial do 'custo Brasil', que afunda recorrentemente nossa produção.
E os aeroportos? Os últimos acontecimentos registrados no Rio de Janeiro deveriam servir para proibir qualquer funcionário público - principalmente a chefe de todos - de abrir a boca para falar em investimentos em infraestrutura.
Mas nossa gerente-mor não se avexa e dispara essas ligeirezas com a certeza da impunidade. Afinal, não é qualquer um que consegue passar dois anos na presidência de um país sem apresentar um resultado digno sequer; ter sete ministros demitidos por corrupção; assistir aos seus parceiros serem condenações por formação de quadrilha, entre outros delitos; e ser aprovado pela maioria absolutíssima da população.
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