sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Brasília freme

     A fila cresce e, com ela, as colossais dores de cabeça da turma do poder. Estou me referindo à relação de quadrilheiros dispostos a contar 'tudo' à Justiça, que acaba de ganhar mais um integrante de peso. Já não bastava o publicitário Marcos Valério - o operador do Mensalão, parceiro dos bandoleiros petistas também condenados - estar causando esse terremoto na já fragilíssima credibilidade do ex-presidente Lula. O 'mundo' não fala de outra coisa. O 'cara' andou em todas as manchetes, ligadas à palavra-chave desse Era que completa dez anos: corrupção.
     Hoje, ficamos sabendo, pelo Estadão, entre outros, que o ex-diretor da Agência Nacional de Águas, Paulo Rodrigues Vieira, o apaniguado de Rosemary Nóvoa, a secretária que fazia tudo por Lula (e por/com quem ele, Lula, fazia muitas coisas, com o dinheiro público), está decidido a contar o que sabe, para garantir a redução de uma futura e inexorável condenação à cadeia.
     Para evitar que aconteça com ele o que ocorreu com Marcos Valério (40 anos de cadeia, por acreditar na promessa de que seria protegido pelo esquema de poder), um dos irmãos Vieira já começou a espalhar por aí que vai contar o que sabe e envolver, segundo o jornal, "gente mais graúda" no escândalo de venda de pareceres e corrução descoberto pela Polícia Federal, na Operação Porto Seguro.
     Mais 'graúda' do que ele, só mesmo gente do primeiríssimo escalão dessa maltratada e vilipendiada República. É coisa para ministérios, Advocacia Geral da União e afins, no mínimo, tomo a liberdade de inferir. Deve estar provocando pânico geral nas instituições, febres malsãs, arrepios incontidos, dores de barriga generalizadas. Brasília freme.

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